quarta-feira, 21 de setembro de 2011

um mensagem aos amantes da vida e do amor (autoria desconhecida)

Esse belíssimo texto não foi de minha autoria, mas compartilho com voces o inteiro teor de tão bela declaração de amor.
 
 
"Dizem que o amor é cego. Tamanho equívoco desta crença deve-se ao fato, talvez, dela ter sido formulada por quem nunca amou.

Como amante que sou, posso afirmar categoricamente que o amor enxerga. E como enxerga bem.

Meu coração, por exemplo, quando se liga ao ser que eu amo vibra numa frequência nem mesmo inteligível pela mais avançada máquina que o homem possa inventar. Na verdade, esses raios que brotam do meu centro cardíaco já espantaram até mesmo quem não mais pertence a esta morada terrena. Não sei se é uma crença íntima minha, mas essa energia que surge dentro do meu peito somente seja aferível por quem se sente amada por mim. Para além dela, restaria  Deus.

Amar é como estar despido: eu me reduzo a mim mesmo. Ficam fora de mim todos os penduricalhos inerentes à minha condição de ser humano, especialmente aquele aspecto subjacente que retorce os grandes filósofos da humanidade: o ego.

Este estado de graça que somente ela sabe me sintonizar é algo incompreensível também para a filologia, razão pela qual não posso expressar esse animus pela linguagem, seja que língua for. Agora já me lembro de outra sabedoria popular, desta vez a correta: aquela que fala da linguagem do amor. Realmente, agora eu concordo. O amor possui uma língua própria: um gesto, um suspiro, uma expiração mais curta (ou mais demorada), o passar as mãos no cabelo, ou simplesmente não fazer nada: um amante sempre sabe o que se passa com o outro, não importa em que lugar estejam.

Agora, neste instante, rendo-me às categorias surgidas com a Física Quântica: o amor é simplesmente não-local, exatamente porque sua linguagem não precisa nem de espaço, nem de tempo!

Ah se o amor fosse cego! Eu não enxergaria algo que o meu coração sempre me falou, mas que eu ingenuamente insisti em recusar! O meu amor ainda não é forte o suficiente para despertar naquele ser que eu tanto amo a segurança mínima para acolhê-la ao meu lado.

Não me cabe o colapso coronariano, mas tão só prosseguir minha jornada, sem me preocupar com o tempo. Para esta situação, concordo com outra sabedoria segundo a qual o nosso tempo não é o tempo de Deus. Que Ele faça de mim uma terra pura, para que um dia ela sinta firmeza para compartilhar comigo uma caminhada."


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