quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um momento de reflexão que compartilho com todos nesse fim de ano...


Liberdade

Tão desejada e tão difícil de ser encontrada.
E se nossa mente não é a maior das prisões?!
Nos dizemos livres por não estarmos encarcerados, exilados, esquecidos ou asilados
Nos dizemos livres por poder ir e vir, sair e ficar, entrar, permanecer, escolher
Decidir todo o dia o que fazer, o que comprar
A carreira a seguir, a festa a frequentar
Nos dizemos livres por podermos escolher as refeições
Por estarmos com nossos amigos, irmãos
Nos dizemos livres por escolher a solidão, estarmos casados ou não
Acompanhados e sozinhos ou sozinhos e em comunhão
Nos dizemos livres por tantas e tantas razões.

E se estamos com alguém e o que sentimos mesmo é solidão?
E se defendemos teses, mas, na prática, a atitude não corresponde à pretensão?
É que a liberdade é mais, é interna, exige reflexão.
Dizer-se livre é defender conceitos e ser coerente com os mesmos
É vestir-se conforme dita a sensação, por escolha e não imposição.
É acreditarmos em nós mesmos
Valorizarmos o ser, nosso agir, o pensar
Sem importar se agradamos ou não
Sem pensarmos em retorno ou esperar que ele aconteça
É caminhar e seguir em frente porque foi o caminho que escolhemos
E não levados pela força do social
É estar em comunidade, vivendo em grupo, mas mantendo nossa individualidade
É nos sentirmos bem, bonitos, amados
Do contrário, optamos pela escuridão
E nossa grande prisão será os preconceitos que nos impusermos
As idéias que escolhemos como formas de limitação
As nossas inseguranças que nos impedirão de ser e viver como queremos
Os medos que nos privarão de seguir pelo caminho escolhido
Os conceitos que cativarmos sem acreditarmos neles
Simplesmente por não fazerem bem ao coração
Essa é a nossa prisão, afinal de contas,
Podemos ser prisioneiros de nossas próprias razões
Ou livres, trilhando nosso próprio caminho.

Ser livre é, antes de tudo, ter coragem para sermos verdadeiros e,
Convictos de quem somos, assumirmos a responsabilidade por cada opção.

Não é incompreensível que muitos prefiram as prisões...

Erika von Sohsten, em 30.12.2010

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